Literatura

Capitalismo
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Capitalismo

Emily dos Santos No começo tudo é festaDinheiro, vendas e famaPor trás dissoO Brasil só ocupa lembrançaPois os ricos se aproveitam.Aqueles que são pobres, morrem nesse estadoO Brasil não foi descobertoFoi invadido e exploradoPindorama é o nome dessa terra!Dado pelo os índios escravizados.No Brasil não se vive felizSe vive numa fome infelizMeu povo sofre com a fomeE o Brasil pega fogoMas quem deveria pegar fogoEstá de terno e microfone.Por anos, o Brasil vive no capitalismoPor isso eu digo:O capitalismo te vende uma solução! Sobre a autora: Estudante e integrante do Clube da Palavra do Colégio Municipal Pedro Felício Cavalcanti (Crato). 
A faceta do capitalismo
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A faceta do capitalismo

Francisco Joherbete Na margem do erro O capitalismo nos sufoca Escondendo a face Do mundo poliglota. As pessoas trabalhadoras Eles tratam como engrenagem Escondendo A voz da verdade. Sufocando, matando Explorando e iludindo Essa é a face do capitalismo Que vem rugindo. A busca desenfreada Pelo dinheiro eles querem Passando a mão No que preferem. Explorando as pessoas Humilhando os fracos. Exploram com trabalho Dão isso sem parar E os explorados falando: Quando isso vai acabar? O livramento Os explorados querem Um carrão conquistar E o capitalismo sorrindo e falando:  Já fez hora extra, meu irmão? Sobre o autor: A chave da vida é a palavra, por isso escrevo com nenhuma vergonha na cara, "as minha...
Internet
Literatura

Internet

Jennyfer Amanda A internet nos domina Onde quer que seja Olho para o céu e me pergunto o que fiz da minha vida Pois nesse mundo acabei com minha disciplina Nunca mais brinquei na rua Nunca mais brinquei de esconde-esconde Nunca mais falei com meus amigos E nem foquei mais nos meus estudos Pois a internet me domina Quero voltar a ser eu mesmo Quero brincar na rua, quero rir Sem ter a internet pelo meio Quero voltar a ser a mesma criança de antes Sem  estar presa nesse mundo virtual Cheio de malícias e violências Pois a internet nos faz muito mal. Sobre a autora: Estudante e integrante do Clube da Palavra  do Colégio Municipal Pedro Felício Cavalcanti ( Crato/CE) 
O fantástico Murilo Rubião
Literatura

O fantástico Murilo Rubião

Luciana Bessa O gosto pelas narrativas insólitas é tão antigo quanto a própria humanidade. Mesmo quando o homem não dominava essa técnica, tampouco a escrita, ele possuía a arte de contar histórias e, assim, muitas foram criadas e imaginadas e passadas de geração em geração. Há uma névoa que envolve o surgimento do fantástico, que ao longo dos séculos tem sido enriquecido pelo clima de mistério, de misticismo, pelas criaturas mitológicas, pela ficção científica, sobretudo os estados de espírito do homem que tem se modificado ao longo dos séculos. É importante frisar que esse tipo de literatura sempre esteve relacionado aos elementos simbólicos que envolvem o homem e o espaço no qual ele está inserido. Não é possível dizer com precisão o que é uma narrativa fantástica, mas para que...
Gênero e raça na construção da história de liberdade no Ceará
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Gênero e raça na construção da história de liberdade no Ceará

Karla Jaqueline Vieira Alves Simoa Maria da Conceição, mais conhecida como Preta Tia Simoa, foi a mulher negra que mudou o curso da história no Ceará enquanto protagonista do episódio radicalmente definidor da abolição da escravidão neste estado, a primeira greve de trabalhadores negros, registrado na historiografia como a primeira greve dos jangadeiros. É importante frisar qeu a campanha abolicionista no Ceará contou com a participação feminina através da criação de sociedades de mulheres libertadoras. Como uma das mais atuantes, podemos citar a sociedade das Cearenses Libertadoras que foi criada em dezembro de 1882. No entanto, é possível estabelecer diferenças marcantes entre a atuação destas senhoras organizadas em associações e a participação de Simoa enquanto mulher preta també...
Contos do lírico que fere: O desespero do sangue, de Zélia Sales
Literatura

Contos do lírico que fere: O desespero do sangue, de Zélia Sales

Émerson Cardoso O Ceará tem revelado nomes significativos em sua produção literária contemporânea. Nesse sentido, um nome que merece toda atenção é o de Zélia Sales. A autora, que tem participação em coletâneas diversas, aponta n’A cadeira de barbeiro (2015), seu livro de estreia, linguagem concisa, representações da infância e lirismo pungente. O percurso estético percebido em seu primeiro livro de contos pode ser encontrado, também, em seu segundo livro: O desespero do sangue (2018). Neste, observamos desde conflitivas relações familiares até problemas sociais complexos em contos sempre comprometidos com o que há de sucinto e de expressivo na linguagem literária. O livro inicia com o conto A casa dos Rosa, que apresenta uma narradora-personagem que rememora a casa evocada no tít...
O espaço muda tudo
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O espaço muda tudo

Luciana Bessa O espaço é um dos elementos essenciais na constituição da narrativa. O escritor se vale de algumas espacializações - espaço físico, espaço social, espaço psicológico – para contar a vida de determinados personagens em um dado período histórico. Quem não tem seu espaço preferido?  Aquele lugar que você se sente segura e confortável para ser exatamente quem você é: longe do barulho e da pressão externa? A convite da professora Cléo do Vale, o Nordestinados a Ler: Blog Literário (nordestinadosaler.co.br), que tem a missão de fomentar a literatura produzida por mulheres na região Nordeste, foi ministrar no dia 22 de março, uma oficina “Escritoras Nordestinas”, na Casa/Museu Telma Saraiva, rua Tristão Gonçalves, nº 505, no Centro do Crato. Eu já conhecia o espaço,...
Decepcionista
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Decepcionista

Shirley Pinheiro Para a padeira de palavras gentis :) Infelizmente, fui criada para agradar. Talvez por isso, explicar certas partidas sob uma ótica diferente da decepção, ainda soe impossível para os meus ombros curvados pelo peso de ser útil. O que falar então da culpa por estar feliz, fazendo exatamente o contrário do que se espera de mim? Lembro do dia em que decidi fazer História. Era a última aula de mais um semestre que quebrava a promessa de ser o último. A nova perspectiva se construía a partir daquele fim, desenhado como o início de uma possível rebeldia. Fazer algo pelo simples prazer de dizer “eu quero!”. Porém, a ousadia ainda se encontrava nos moldes de um segredo. Os sinais eram apenas a presença em espaços que ainda não me pertenciam. O sentimento de invas...
Eu não odeio as mulheres
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Eu não odeio as mulheres

Ludimilla Barreira Experimentava mais um café superfaturado e me deliciava com uma enorme fatia de bolo, enquanto esticava os ouvidos procurando entretenimento nas mesas ao lado, e achei. Me divertia pensando que todo observador, na verdade, é um grande curioso, para não dizer intrometido. A humanidade não nos surpreende, ela é mais previsível que as mudanças meteorológicas. Como o som de um bumbo, ainda ressoa em minha consciência o diálogo que flagrei entre um homem e uma mulher. Lá pela metade da conversa, surgiu a questão: — Por que você odeia tanto as mulheres? Eu já fazia parte da cena, era uma curiosa espectadora daquele momento comovente. Talvez, se ele não fizesse essa pergunta, eu teria parado ao lado dela para questioná-la.  Afinal, enquanto me aquecia com a xícara e...
Tarde cinematográfica
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Tarde cinematográfica

Luciana Bessa Não assisti ao filme A Substância (2024) no cinema, pois até agora não chegou ao Cariri. A princípio, fiquei bastante chateada já que a película concorreu ao Oscar junto com Ainda Estou Aqui (2024), do diretor Walter Salles baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva. Além disso, escutava amigos (as) tecendo comentários elogiosos sobre a narrativa fílmica da diretora francesa Coralie Fargeat: “diferente”, “impactante”, “insano”, “sombrio”, escatológico”, “forte”, “ousado” etc. Sábado passado, Dina Melo (@dinacmelo), convidou-me junto com outras amigas, para assistir ao filme na casa dela. Uma espécie de “clube de cinema” regado a muito café e um longo debate. Hoje agradeço por não ter conseguido ver o longa na grande tela. Não teria conseguido me su...